Na última quinta (17) durante a reunião Ordinária do Conselho Estadual de Segurança Pública - CONESP, no auditório da ACADEPOL - Academia de Polícia Civil foi aprovado a criação da Câmara Temática sobre os Povos Tradicionais no Estado. A proposição de criação da 1ª Câmara Temática relacionada com os povos tradicionais segue uma classificação da Professora Doutora da UFPI Carmem Lúcia Silva Lima, que são: povos agroextrativistas e ofícios tradicionais, quilombolas, medicina tradicional e rituais de cura, povos de terreiros e rezadeiras e arte tradicional.
A reunião contou com presença dos membros natos do Conselho e da Governadora em exercício, Regina Sousa que como membro convidada destacou a iniciativa da discussão, “o poder público tem obrigação de ver essas pessoas, não podem permanecer invisíveis, precisamos olhar como pessoas de direitos, precisam estar mais próximas, discutindo políticas, diminuindo esse abismo e a proposta desta Câmara garante isso”, destaca a Governadora.
Representantes dos povos tradicionais estiveram na reunião e também destacaram a importância da iniciativa como explica o representante dos povos indígenas, Cacique Henrique, “é a primeira vez que nós somos chamados para uma discussão sobre Segurança nas nossas comunidades, uma esperança de ser reconhecido e ter acesso a políticas públicas como segurança, direito a terra, saúde, educação, etc, por isso é muito importante participar dessa Câmara”. Ressaltou Cacique Henrique.
Para Diretora de Gestão Interna da SSP, Delegada Eugênia Villa, o plano proposto pela Câmara deve dialogar com o quarto eixo do Plano Estadual de Segurança Pública – Prevenção Social do Crime e da Violência. ´´Nosso objetivo é dar visibilidade a esses povos quando a Secretaria de Segurança já está implantando no sistema de registro de boletim de ocorrência essa classificação, no desenho no perfil dos sujeitos envolvidos e eles vão aparecer nos relatórios estatísticos´´, esclarece a Delegada.
Segundo o Secretário de Segurança Pública, Coronel Rubens Pereira, o momento agora é de estabelecer um plano de ação para atender esses povos tradicionais. ´´São pessoas que vivem em conflitos agrários, por exemplo, e elas precisam também ter tranquilidade para viver, trabalhar e construir. Já marcamos a próxima reunião para dar início a construção desse projeto.´´. Concluiu o SSP